Libertadores - Galo, por um sonho

O Atlético-MG faz sua estreia amanhã (08-03), na fase de Grupos da Copa Libertadores 2017, enfrentando o Godoy Cruz, em Mendoza, na Argentina. Sonho de iniciar vencendo, repetindo a campanha vitoriosa de 2013. Os demais representantes brasileiros também estão querendo muito. Até mesmo a Chapecoense que passou pela tragédia na Colômbia e montou uma nova equipe. E por não também Botafogo e Atlético-PR. Eles enfrentaram duas etapas eliminatórias e alcançaram êxito, eliminando adversários tradicionais, especialmente o Botafogo, tirando Colo Colo e Olimpia.

O torcedor do Galo quer saber se o time de 2017 é superior ao de 2013 e se tem condições de repetir aquela histórica campanha? Claro que tem de estar confiante, esperando de início 100% de aproveitamento na fase de Grupos. Porém não há dúvidas de que o grupo de 2013 era superior, mais jovem e ainda vinha de uma temporada de acertos em 2012. Só não ganhou o título do Brasileiro porque a CBF tinha como opção o Fluminense. O Galo foi muito prejudicado.

No futebol as pessoas não gostam de fazer comparações com o argumento de são situações diferentes, mas para o atual momento é bem possível estar próximo de uma conclusão certa. Vejamos. Victor seguramente não é mais aquele "São Victor". Apenas mais experiente. Marcos Rocha não repetiu as excelentes investidas pelo lado direito; Léo Silva ficou mais velho. Nenhum dos outros zagueiros é superior a Réver e na lateral esquerda, Fábio Santos é melhor que todos usados por Cuca na posição. No meio campo, ganhou com a técnica com Rafael Carioca, Elias e Adílson, mas perdeu na garra e na marcação de Pierre, Leandro Donizete e Josué. 

Do meio campo para frente, o time de 2013 era muito superior. Nem se discute. E vejam que a esperança maior hoje fica para o setor ofensivo com Cazares, Otero, Danilo (?), Robinho e Fred. No encosto, Rafael Moura. Mas é um setor envelhecido. Cazares e Otero são bons, mas em pontos específicos. Em uma Libertadores (alto nível) é necessário muito mais. Não apenas a inteligencia e o toque de bola do equatoriano e o chute forte do venezuelano.

Para fechar o tema, o Galo não tem mais Cuca no banco. Ele contagiava. Muito menos, o genial Ronaldinho Gaúcho. Em um patamar abaixo, Tardelli. Encantava, além das escapadas de Bernard e o oportunismo de Jô. Uma orquestra que embalou sonhos.