sábado, 28 de fevereiro de 2015

Marquinhos Paraná desmaia, uma chacota Nacional


Marquinhos Paraná teve de ser atendido após sua apresentação oficial no Cruzeiro
O desmaio de Marquinhos Paraná na Toca, um assunto nacional

O Cruzeiro começou a temporada de 2008 com caras novas dentro e fora de campo. A direção trocou o técnico Dorival Júnior por Adílson Batista, que trouxe três jogadores pouco conhecidos em Minas: o lateral Elvinho, que nem jogou devido às contusões; mais os volantes Henrique, Marquinhos Paraná e, para fechar, Fabrício, este já com alguma história por ter sido jogador do Corinthians. Os quatro foram comandados por Adílson no Jubilo Iwata, do Japão. Ficou uma interrogação. Com estes jogadores, o Cruzeiro estaria realmente se preparando para disputar mais uma Copa Libertadores. Foi eliminado nas oitavas de final pelo Boca Juniors. No dia 8 de janeiro, o volante Marquinhos Paraná finalmente foi apresentado na Toca da Raposa II. Foi um prato cheio para os incrédulos, especialmente para os que estavam desconfiados e queriam motivos para destacar os erros nos investimentos. O jogador treinou, posou com a camisa do Cruzeiro e em seguida sentiu uma tontura, passou mal e desmaiou.
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Marquinhos Paraná precisou ser atendido pelo médico Sérgio Freire Júnior na sala de imprensa. Ele teve uma crise de hipoglicemia por má alimentação, recebeu o atendimento no local. Explicação do médico: “O jogador sofreu um mal-estar. Nos últimos dias ele se alimentou mal, como ele falou, além de passar por viagens prolongadas (vindo do Japão). Então o seu organismo está um pouco debilitado e ele teve uma crise de hipoglicemia. Passamos para ele uma alimentação para ganhar um pouquinho mais de açúcar e ele já está bem”.

O assunto tomou conta da mídia nacional. Até o Jornal Nacional, da Rede Globo, mostrou as imagens do desmaio.  Uma chacota para o Cruzeiro. Marquinhos Paraná, porém, estava muito seguro do acontecido e aproveitou para se preparar ainda mais e, em seguida, ser um destaque nas quatro temporadas seguintes, como um exemplo de profissional e uma obediência técnica irretocável. A torcida também custou a entendê-lo. No começo, como foi improvisado também como lateral e a preferência do torcedor para a posição era para o veloz Apodi (estava chegando do Vitória-BH, onde impressionou pela rapidez) foram muitas as vaias. Depois, sua passagem pelo Cruzeiro, em números, diz tudo o que ele representou. Foram 232 jogos e quatro gols marcados.

Hoje o pernambucano Antônio Marcos da Silva Filho, com 37 anos, vive como aposentado da bola, bem financeiramente, no Recife. Mas o coração ainda diz que se receber uma boa proposta, vai continuar insistindo.



sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Decisão correta. Tem de ir com misto

Com bom elenco, Marcelo Oliveira tem opção de entrar com time misto no próximo jogo do Mineiro

O Cruzeiro defende à liderança do Campeonato Mineiro sábado (28/2), contra o Tupi, em Juiz de Fora. Jogo difícil, com time completo ou não. Marcelo Oliveira já decidiu que vai de misto. Vão dizer que não é tão complicado, porque o América esteve lá e venceu por 2 a 1. Mas vejam o bom momento do Coelho, que em seguida, também pregou uma peça no Atlético.  O Cruzeiro, mesmo estando em início de temporada, tem de tomar os devidos cuidados para a sequência de jogos e alguns decisivos, especialmente os da Copa Libertadores. Não pode dar chance para as armadilhas e se complicar lá na frente.

Na terça-feira a Raposa vai receber aqui o Huracan.  E o prazo de recuperação dos jogadores entre os jogos está sendo curto, especialmente depois da viagem até Sucre, na Bolívia, onde empatou na quarta-feira (25/2), com o Universitário, por 0 a 0. Enfrentou a longa viagem, mesmo sendo em voo fretado e ainda a altitude da cidade, com um desgaste muito maior em relação a qualquer jogo no País. Os cuidados começam exatamente no começo de uma temporada, para lá na frente não sofrer com as contusões e a queda técnica de jogadores importantes. Eles precisam estar sempre 100%.



Gilberto Silva na Justiça

O ex-volante do Atlético, Gilberto Silva entra na Justiça novamente contra o Clube. A primeira foi em 2002, logo depois ter sido vendido para o Arsenal por U$S 10 milhões. Fez um acordo depois e o processo foi retirado. Não será a última vez que este problema vai acontecer, mesmo sendo processos relativos a profissionais que demonstram todo amor pela camisa do alvinegro. Recorrem naturalmente a Justiça quando se julgam prejudicados. A alegação de Gilberto Silva agora é a seguinte: está incapacitado para jogar Futebol por causa de decisões do Atlético. O jogador teve uma lesão no joelho direito em julho de 2013 e o retorno foi antecipado em função do Mundial de Clubes. Em decorrência do tratamento acelerado, não conseguiu retornar aos gramados. Sentença que teve de pagar do próprio bolso duas cirurgias. No total, o jogador cobra R$ 500 mil. A primeira audiência será no próximo dia 1º de junho.




Libertadores – Os argentinos em alta

O desempenho dos argentinos na Copa Libertadores continua em alta, com apenas uma derrota: a do River Plate para o San José por 2 a 0. Os demais agradam com 100% de aproveitamento: Boca Juniors e San Lorenzo. Também o Estudiantes pode alcançar este êxito se vencer o Atlético Nacional na próxima semana, em Medellin, na Colômbia. Também com 100%, aparecem o Emelec, do Equador e o Santa Fé depois de fazer 3 a 1 ontem (26/2) no Colo Colo, em Bogotá. Na próxima rodada vai receber o Atlético. Não podemos esquecer de que o Corinthians pode fechar a segunda rodada com duas vitórias se vencer o San Lorenzo, quarta-feira (4/3), em Buenos Aires. Característica principal dos vencedores: a pegada forte. Não há bola perdida. Tecnicamente ainda não vimos um time para apontar com cara de campeão. Nem mesmo o Corinthians.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Que ridículo, Galo!

André, Luan e equipe desperdiçaram a chande do resultado positivo em casa pela Libertadores

No ano passado, o Atlético ficou oito meses aprendendo até conquistar o título da Recopa, em cima do Lanus – no Mineirão e dramático – e depois o da Copa do Brasil, este em grande estilo, já que derrubou nada menos do que Palmeiras, Corinthians, Flamengo e Cruzeiro. Uma façanha. Agora, em 2015, depois dos discursos dos sonhos, a triste realidade: o Galo demonstra estar capengando.  A derrota por 1 a 0 para o Atlas, ontem, no Indendência, confirmou o atual frágil estágio. O adversário sentiu que poderia vencer e ficou tocando a bola com segurança até dar o golpe de misericórdia. Quem jogou futebol sabe perfeitamente o que estou escrevendo. Você observa que o rival está perdido, sem força e pode levar o jogo ao seu jeito. Os mexicanos só não alcançaram um resultado mais agressivo, porque estavam no Horto, jogando contra os campeões recentes da competição e, ainda, conscientes da força e tradição dos rivais em seu terreiro. Do contrário, teriam goleado.

O Galo perdeu porque inicialmente não teve comando no banco. Não deveria, em hipótese alguma, ter começado com André e, depois, durante o jogo, não houve nenhuma mudança tática ou técnica para que o torcedor sentisse confiança e o adversário ameaçado. Individualmente um desastre. Não escapou ninguém. Nem o grande Victor. Mas é bom reafirmarmos alguns pensamentos. Um time não pode ganhar títulos com Dátolo, Patrick, Maicosuel , André e Edcarlos jogando esta bola. É convite para perder. Urgente, o Galo necessita do retorno de Guilherme e de outros que estão no Departamento Médico. Mais recuperar a confiança e entender que, sem talentos e jogadores diferenciados não se ganha nada. O adversário ao ver o atual time do Atlético concluiu com segurança: respeitar quem?

Cruzeiro trouxe o que precisava

Em Libertadores não é segredo a necessidade de buscar pontos como visitante e em casa não dar chances. E o Cruzeiro seguiu fielmente o que determina a competição, alcançado o empate por 0 a 0, em Sucre, diante do Universitário. Poderia até ter vencido, mas enfrentou a altitude e nos momentos decisivos, o efeito bola com maior velocidade tirou a vantagem celeste. A resistência física também não foi a mesma nos 90 minutos. Houve um lance, na primeira fase, em que Willians avançou pela direita e cruzou. Leandro Damião, ao estilo Ricardo Goulart, chegou pela esquerda e por pouco não conseguiu concluir. A leitura que se faz é que chegou tarde a bola. Mas a verdade é que a bola veio com uma velocidade maior e ele ficou sem a força devida no momento do salto para definir. Faltou o ar. Ele ficou com as mãos na barriga, como se pedindo que o organismo se restabelecesse. Esta foi à tônica do jogo. Os bolivianos também chegaram ao gol de Fábio, mas aqui, no Mineirão, sabem que terão de correr muito para perder de pouco.



América, seguindo a cartilha
O Coelho foi a Goiás e venceu o Luziânia por 3 a 0, no Estádio Serra do Lago, em Luziânia, classificando-se para a segunda fase da Copa do Brasil, quando vai enfrentar o vencedor do duelo Ceará x Confiança. Resultado importantíssimo para o América. Os adversários naturalmente vão olhá-lo com maior respeito e o time vai ganhando confiança no comando de Givanildo. A temporada, por enquanto, tem tudo para ser de alegria. Bom para o Futebol mineiro.



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Preparação física, o maior adversário do Galo

Guilherme é uma das vítimas de lesão no Atlético

Muitos vão entender o título desta postagem como exagero, mas a realidade no Atlético para acertar o time e conseguir bons resultados na Copa Libertadores e no Campeonato Mineiro não está no temor pelos adversários. Está dentro do próprio clube. O problema é o trauma na preparação diária (parte física), depois de tantos casos de lesões musculares nas coxas dos jogadores. A lista foi aberta por Guilherme e fechou ontem com Pedro Botelho. A bruxa já pegou quase um time inteiro.

Por ter participado da cobertura diária no Cruzeiro por 15 anos e naturalmente estar próximo dos fatos revelados pelos personagens posso garantir que o ambiente não está nada bom. Digo as razões: está claro que houve uma sobre carga para a musculatura e ela não aguentou, porque os profissionais estavam acostumados com uma outra rotina, de um dos especialistas da matéria: Carlinhos Neves, hoje do Shandong Luneng, da China.  Pode ser até que o substituto, Roholfo Mehl, esteja seguindo praticamente o mesmo programa físico do antecessor, mas com mudança na rotina. O jogador sente e muito. As respostas vêm naturalmente com os estiramentos musculares.  No passado, a gente escrevia distensões.

Todo jogador se torna inseguro. Entre eles, a conversa é inevitável, com o questionamento: Quem será o próximo? Isso atinge a parte psicológica, com reflexos na produção técnica da equipe. Levir Culpi  falou da falta de motivação nas derrotas para o Colo Colo e o América. Ele sabia, porém, que estava enfrentando um outro problema, muito  mais grave. Agora se tornou público. O grupo vive a expectativa da próxima vítima.  Estejam certos de que outros podem ter tido problemas, mas com medo de perder a vaga até arriscam nos treinamentos e jogos na esperança de eliminar a dorzinha com a sequência dos jogos. Mas não partem 100% para os lances. Até nos jogos, pelas necessidades dos resultados, a aplicação pode estar próximo do ideal.  Já nos treinamentos a receita na cabeça de cada um é simples: o melhor é não partir com tudo para que amanhã seja mais um no Departamento Médico.




Bryan, um atleticano roxo

Gostei muito do futebol de Bryan na vitória do Coelho por 2 a 1, sobre o Atlético, e o golaço feito pelo lateral americano. Para quem não sabe, ele é torcedor do Galo. Tem amizade com vários jogadores e até o ano passado foi visto várias vezes na Cidade do Galo. Na final da Copa Libertadores, no Mineirão, em 2013, estava vestido com a camisa do Atlético, com alguns amigos da Serra, assistindo ao jogo na arquibancada que fica à esquerda do setor de imprensa e não fez questão de se omitir. Gritou muito. Já dentro de campo, faz questão de mostrar o seu profissionalismo. Domingo foi mais um exemplo. E sempre que tiver oportunidade já garantiu: “Contra o Galo vou fazer questão sempre de jogar ainda mais”. Ele tem um sonho: um dia ser lateral do time do seu coração.

Júlio Baptista fica

Outro dia divulguei que como Júlio Baptista ficará pelo menos 40 dias de fora das atividades (amanhã deve ser a sua cirurgia no joelho direito, em Barcelona, na Espanha), que havia possibilidade do contrato ser rescindido. O vínculo termina no dia 31 de julho. Possivelmente ele terá apenas dois meses a mais para servir efetivamente o clube, mas o jogador decidiu: fica até o último dia do contrato. Só a partir de 1 de agosto, ele estará livre para seguir para outro clube.  




terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Cruzeiro está voando e levando o sonho do tri


O Cruzeiro voou hoje cedo para Sucre, na Bolívia, onde inicia amanhã, contra o Universitário, a caminhada em busca do tri da Copa Libertadores.  A partir de 1997, quando conquistou o bi, foram oito tentativas e não conseguiu êxito. Melhor campanha foi em 2009, quando perdeu o título para o Estudiantes, de La Plata, no Mineirão. A pergunta que todos fazem é o que podemos esperar do Cruzeiro, depois de ter perdido jogadores importantes, como Ricardo Goulart, Éverton Ribeiro, Moreno, Lucas Silva, Egídio e, ainda, não poder contar com Dedé, em recuperação de uma cirurgia no joelho. Vejo dois pontos essenciais para que o torcedor estar certo de que a campanha será muito boa, acima de todas as expectativas. O comando de Marcelo Oliveira, inteligente na formação das equipes, aproveitando as características de cada um e, ainda, a estrutura oferecida pelo clube para o desenvolvimento técnico de seus contratados. Só não joga dentro de sua capacidade quem não quer.

Fiz questão de ir ontem a Toca e observar o último treinamento antes da viagem. O que chamou a atenção foi à disciplina na preparação. Cada um fazendo o seu trabalho, com seriedade. Muito profissionalismo. Não vi nenhuma brincadeira. Atenção total no que estava fazendo e a comissão técnica atenta aos detalhes. Quanto ao time não veremos aquele Cruzeiro de sua tradição. De toque de bola, que nos áureos tempos era chamado de academia, graças ao talento de jogadores como Alex, Tostão, Dirceu Lopes, Zé Carlos e outros. Agora será mais na agressividade, aliada a velocidade, com a explosão de Leandro Damião dentro da área. Encaixando as peças, pode esperar bons resultados. Até mesmo diante de uma altitude de 2.810 metros.  Na Libertadores, estejam certos de que a força é o ingrediente número 1 para o vencedor.



Galo pressionado no Independência

Já o Atlético começou a temporada no céu e hoje está no purgatório, depois das derrotas para o Colo Colo (2 a 0) e América (2 a 1). O drama será não conseguir vencer o Atlas amanhã, no Horto. Poderá cair no inferno.  Futebol é assim. Em poucas horas, tudo se altera. Pelo menos, de fora da dentro. Tem de ter estrutura para aguentar a pressão e profissionais capacitados para enfrentar estas situações. Não deixa de ser um privilégio dos grandes que lutam pelas conquistas e são os mais questionados.

A motivação não pode faltar ao Atlético. Levir Culpi terá de ter sabedoria para escalar e, depois mexer na equipe. Está claro que Marcos Rocha, Pratto e, principalmente, Guilherme estão fazendo falta.  Ficou visível a falta da qualidade técnica nos dois jogos, especialmente contra os chilenos, porque contra o América, o técnico optou pelos reservas.  Diante do Coelho, Cárdenas era o único jogador que detém os requisitos para se jogar no toque e foi prejudicado. Por uma razão muito simples. Tocar a bola com quem? Fica difícil, quando você vê do lado André, Carlos, este perdido e pressionado, e outros. Uma pergunta para finalizar: até quando o técnico vai insistir com Dátolo? Está merecendo um banco para ver se volta a jogar.





domingo, 22 de fevereiro de 2015

Damião e o saltitante Coelho, os destaques

 
Vitória emocionante do América, no comando do experiente Mancini

A quarta rodada do Campeonato Mineiro apresentou dois indiscutíveis destaques.  No sábado (21/2), a precisão de Leandro Damião, diante do Boa Esporte. Ele fez a diferença na vitória do Cruzeiro por 3 a 0. Mostrou para o que veio. Demonstra que joga como nos tempos do Internacional, com confiança e decisivo nas bolas. O segundo gol celeste foi a melhor demonstração. Bateu na bola com tudo e deixou a certeza de que valeu o investimento. Agradecem os dirigentes, porque tudo caminha para que seja um investimento certeiro. Afinal, havia o descrédito. O Cruzeiro estava trazendo o nulo e inofensivo atacante do Santos ou o brilhante e decisivo goleador dos tempos  do Colorado? O time de Marcelo Oliveira começa acertar e deve marcar bem sua presença, quarta-feira (25/2), na estreia na Libertadores, diante do Universitário Sucre, na Bolívia. Só não podemos afirmar com 100% de certeza, porque seu maior adversário será a altitude (2.810 metros) e os times que enfrentam este desafio na Libertadores, estão caindo feio. Até de certa forma humilhados.  Pelo menos foi o que vimos do Internacional diante do The Strongest, em La Paz. Levou de três. Fora o baile.


Voltando ao Campeonato Mineiro, agradou muito o desempenho do América, diante do Atlético, no Independência, principalmente depois de estar com dez jogadores. Ficou valente e passou a acreditar que poderia vencer. Fez 2 a 1, de virada, com todos os méritos. Precisão nos contra-ataques e na marcação. Tanto que na segunda etapa o rival não existiu. O Atlético cometeu os seus erros, prejudicado pela falta de entrosamento. Errou Levir Culpi nas mudanças. Ele não vai acertar sempre (quarta-feira (18/2), na derrota por 2 a 0 para o Colo Colo, também teve parcela, quando decidiu tirar Rafael Carioca e atrapalhou tudo no meio), mas hoje poderia ter sido feliz. Dodô tinha de entrar no jogo um pouco antes. O técnico não soube usar a vantagem de estar jogando com um a mais. Cárdenas, cansado (não faz marcação), seria mais um na frente e ele decidiu tirá-lo. Cutucou a onça com vara curta e levou uma derrota que teve um gosto amargo. Parte da torcida não o perdoou.  A pressão começa. Tanto que não poderá dar chance para o Atlas, no próximo desafio pela Libertadores.


Importante destacar ainda o desempenho do Tupi que foi a Valadares e venceu o Democrata por 1 a 0, uma façanha. Foi o único vencedor como visitante. Fica claro que teremos uma disputa empolgante pelas quatro vagas das semifinais. Melhor, por uma, já que Cruzeiro, Atlético e América, e eu que não acreditava no Coelho, chegam. A outra fica para Caldense, Tupi, Tombense ou Villa Nova. O Boa Esporte não dá nenhuma demonstração de que almeja. Por enquanto, sonha. E o tiro é curto. Quatro rodadas já foram embora.





sábado, 21 de fevereiro de 2015

Júnior e a surpresa indesejável



                   
            Júnior, um dos maiores ídolos da história do Flamengo

A transição da base para o profissional é um desafio.  São muitas as promessas que ficam no meio do caminho.  Meninos espetaculares e de repente desaparecem sem maiores explicações. A verdade é que eles precisam mostrar não só capacidade técnica nos treinamentos para ganhar a confiança dos técnicos, mas habilidade para conviver com os novos companheiros, muitos de carteirinha carimbada nos clubes e que não abrem as portas para os mais jovens. Usam brincadeiras para determinar quem manda nos espaços, muitas delas com malícia para que os novos saibam que há um longo caminho a ser percorrido até que possam se sentir seguros em suas novas cadeiras.

Não é por acaso, que Romário, no Flamengo, um dia ao ver um jovem sentado no banco da frente do ônibus, na janela, não hesitou: “Cara, você nem tirou a fralda e já quer a janela. Pode ir para o fundo”. Isso para que vocês entendam como são as leis para os recém-promovidos.  Não podem usar os banheiros das estrelas nos vestiários, toalhas, etc. Quando alguém observa algum privilégio para o mais jovem, normalmente dá o grito: “Garoto, você tem ainda muita estrada para percorrer. Vai devagar”. Nem tanto a estrada percorrida pelo falecido Juca Show, jogando pelos times do interior, especialmente do Triângulo Mineiro, até chegar ao América-MG: “Dei mais de dez voltas ao mundo viajando de ônibus pelos times que joguei”.

Até os Anos 90, quando se formava uma boa base, quase que um time inteiro era promovido e naturalmente aquela “panela” da base tentava seguir entre os profissionais.  Observava bem o ambiente, para depois se expor. Paulo Nunes conta que sua geração no Flamengo (final dos Anos 80) foi privilegiada. Além dele, Djalminha, Marcelinho Carioca, Rogério, Nélio, Júnior Baiano e outras cobras criadas. E entre os profissionais, estava Júnior, hoje comentarista da Sportv, que mandava no Flamengo. Seu status era de presidente, já no final de carreira. Ele cumpria um ritual depois dos treinamentos na Gávea. Recebia a toalha do roupeiro e caminhava para a sauna.  Com sol ou chuva, lá estava ele para o seu relax  de até 90 minutos de sauna. Saia de lá rejuvenescido e poderoso pelo caminhar. Então, o grupo jovem preparou uma para ele. Paulo Nunes diz que não pode revelar até hoje o autor, preferindo dizer que foi uma atitude de todos. Pegaram uma pequena latinha com fezes e urina e a colocaram no cantinho da sauna.  Quando ela atingiu a temperatura máxima, o "perfume" tomou conta do ambiente e Júnior saiu de lá enfurecido, com a jovem guarda de cadeira assistindo a cena.  Ficou lá a assinatura de uma nova geração do Mengo. E que geração.


A falta de ética para alguns funcionários do Galo
O ambiente não poderia estar melhor no Atlético. É o que dizem funcionários, atletas, pessoas que atendem os jogadores; membros da comissão técnica etc. Levir Culpi muito elogiado. Falam que ele voltou do Japão, com a sabedoria oriental para comandar, sensível e objetivo nas decisões. A critica é para alguns funcionários, ligados ao futebol, não estão cuidando de suas atividades, optando por atender os jogadores em negócios particulares e recebendo pelo serviço. Fiquem atentos, Carlos Alberto Isidoro, supervisor e Chiquinho, administrador.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

River Plate, mais uma vítima da altitude





A altitude de Oruro derrubou o River Plate, considerado o melhor time argentino no momento

O San José, de Oruro, no Peru, sem tradição na Copa Libertadores, também aproveitou da altitude de sua cidade, de 3.700 metros acima do nível do mar e desbancou ontem o River Plate, apontado pelos argentinos como o mais forte representante do País na competição. Fez 2 a 0, com segurança e demonstra que será difícil derrubá-lo em seus domínios. Já podemos coloca-lo na lista dos que podem chegar a fase de Grupos, ao lado do The Strongest, da Bolívia. São dois times que normalmente não são vencedores na Libertadores, conseguindo uma vitória aqui e outra ali. O poder deles está na altitude, um centro avante poderosíssimo. Os peruanos decretaram a primeira derrota da Argentina na Libertadores 2015.

Normalmente são os times brasileiros que começam atropelando na fase de Grupos. Desta vez, o bom desempenho fica para os argentinos, que já alcançaram três resultados expressivos como visitantes.  A começar pelo Racing que aplicou uma goleada por 5 a 0 sobre o Deportivo Táchira, na Venezuela. Há 12 anos o Racing não participava da disputa.  É uma boa equipe, mas não apontada com capacidade para brigar pelo título. Em seguida, vimos o Boca Juniors fazer 2 a 0 no Palestino, em Santiago. O que mais chama à atenção foi a confiança de sua torcida. Como visitante, apresentou o maior número de torcedores. Mais de três mil, o que dá moral para os jogadores. Eles sabem que há uma nação, é assim que podemos chamar o torcedor do Boca, acreditando que a história poderá lhe reservar o sétimo titulo da Libertadores. Que inveja.

San Lorenzo, atual campeão, também venceu como visitante: 2 a 1 no Danúbio, em Montevidéu. Foi um jogo equilibrado. Os argentinos venceram de virada, mas sem apresentar aquele futebol coeso de 2014. Dava gosto vê-los em ação, com o toque de bola consciente, sempre a caminho do gol. Botafogo, Grêmio e Cruzeiro sentiram bem o gosto amargo de enfrenta-lo. Huracan, no Grupo do Cruzeiro e Estudientes, de La Plata, são os outros representantes dos Hermanos. Para fechar: Atlético e São Paulo, concluída a primeira rodada de seus Grupos, terminaram como lanternas.

Bruxa no Cruzeiro

No começo do ano, o Cruzeiro ficou sem Dedé, por erro de avaliação dos médicos, que em novembro do ano passado já deveriam ter feito o diagnóstico pela necessidade da cirurgia no joelho e, a partir de maio, o técnico usá-lo. Será apenas em setembro. Agora um novo problema: Júlio Baptista, devido às dores constantes no joelho direito. Ele não é mais aquela eficiência dos tempos de São Paulo, Seleção Brasileira e do futebol europeu, mas tê-lo pelo menos no banco, é um diferencial. O jogador não participará dos treinamentos de hoje e está ameaçado de nem ser inscrito para a primeira fase da Libertadores. O Clube confirmou que seu nome não está na pré-lista.

Júlio Baptista decidiu ir a São Paulo, depois que os médicos do Cruzeiro indicaram uma artroscopia, que ele deseja adiar e, ainda, ser examinado por outros médicos de sua confiança. Mas não deve escapar da cirurgia. Hoje ele é o mais bem pago profissional da bola no País.Ganha mais de R$1 milhão mensal. O Cruzeiro sabe que errou em investir tanto num único jogador. Em agosto ele vai embora e não vai entrar sequer um centavo nos cofres do clube. 

Não será surpresa se o contrato for rescindido agora, já que até agosto ele praticamente não será utilizado. O Grêmio o deseja. A questão é que o jogador sempre foi irredutível, quando o Cruzeiro tentou incluí-lo nas negociações: "Quero ficar até o último dia do contrato".